Martins (presidente licenciado do Sinafesc),
para debater o sistema de arbitragem no futebol brasileiro.
A profissionalização da arbitragem foi um dos temas discutidos. O
deputado André Figueiredo, que presidiu a audiência pública,
disse que “é unanimidade entre nós que a profissionalização é
um pleito justo”. Também defenderam a profissionalização os painelistas Sérgio Corrêa – Presidente da Comissão de
Arbitragem (CONAF), Sandro Meira Ricci, James Lews e Carlos
Eugenio Simon.
O outro tema recorrente na audiência foi a
proposta de acabar com os sorteios para a arbitragem. ”O
sorteio premia o aleatório. Jamais poderemos colocar num
clássico um estreante, como o sorteio pode determinar”, disse
Simon, para quem “profissionalização não é somente salário, é
condição técnica para que o arbitro tenha um bom desempenho”.
A ANAF defende que a Legislação vigente no
País, no que se refere à questão da arbitragem, seja discutida
com profundidade, com a participação do segmento interessado,
como a própria ANAF e Sindicatos. O fim do sorteio é uma das
propostas que a ANAF apresentou na Audiência Pública da Câmara
dos Deputados e que também foi consenso. O método de escolha
da arbitragem por sorteio não valoriza o bom desempenho e a
carreira do árbitro.
“É opinião corrente no meio futebolístico,
especialmente na arbitragem, que temos que acabar com o
sorteio. Ele foi colocado no Estatuto do Torcedor em 2003 e
não deu resultado nenhum. Entendemos que os árbitros devem ser
escalados devido a competência e não pela sorte. O Brasil é o
único lugar do mundo que aplica este sistema. O árbitro tem
que ser designado pela Comissão de Arbitragem. Ela deve ter a
responsabilidade de indicar os melhores e ser cobrada por isso
também”, justificou a ANAF.
A audiência reuniu representantes de entidades
ligadas a arbitragem nacional, árbitros (Cleber Lúcio Gil na
foto abaixo), ex-árbitros e deputados federais, como o
ex-jogador Danrlei (RS).

Fotos: Anaf |