- A beleza depende de quem vê, pode variar bastante. Tem gente que pode me achar bonita ou não. Para fazer um bom trabalho durante um jogo, essa questão não interfere em nada. Mas tem gracinha nas partidas, em qualquer competição, amadora ou profissional. Eu procuro relevar e não prestar atenção, só no jogo. Prefiro esquecer. Mas tem momento que são engraçados. Já cheguei a receber bilhetinhos, mas não dou bola. É assim desde quando não tinha namorado – assegura
Fernanda conclui o curso de Educação Física na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e espera pela formatura, prevista para o próximo mês. O namorado, ela garante, não é de se incomodar com o trabalho da bela em um ambiente que beira a exclusividade masculina. Bruno dá suporte, embora a personal trainer prefira que ele não assista aos jogos em que ela trabalha, bem como os familiares, para não ficar nervosa.
A moça não está sozinha entre as belas do quadro de arbitragem catarinense. Em Santa Catarina, ela tem a companhia de outras colegas assistentes. Nadine Schramm Câmara Bastos e Maira Americano Labes também chamam a atenção não apenas pelas suas marcações. As duas e outras mulheres são companheiras de Fernanda para conversas que vão além do futebol.
![]() |
- A Federação tem muitas mulheres no quadro, em relação a outros estados. Mas não pelo fato exclusivo de serem mulheres, todas são competentes. Tenho uma boa relação com todas elas. Em treinamentos e seminários, costumamos conversar bastante. Discutimos a função, os lances, as jogadas e também o papel da mulher no futebol. Mas tem papo de mulher também, claro. Ocorre uma relação de amizade, não só pelo mesmo interesse – descreve a loura de olhos claros. A moça de 21 anos é uma das novas integrantes do quadro de arbitragem da Federação Catarinense de Futebol (FCF) para a primeira divisão do Campeonato Catarinense. Atua na Divisão Principal pelo segundo ano. Desta vez, com maior presença nas escalas. Nas 10 rodadas da competição, foi assistente em duas partidas. Para ela, de bom tamanho para quem ainda está no início da carreira. - Quando comecei, fazia menos jogos, partidas menos visadas ou menos importantes da Divisão Principal. É um trabalho que venho aprimorando cada vez mais, adquirindo mais experiência e aprendendo novas técnicas. Acho que estar na primeira divisão é resultado do começo da carreira. Fiz toda a seqüência com jogos amadores, de divisões de base, terceira e segunda divisão e agora a Divisão Principal. Passei por todas competições – |
|
Fernanda discute lances e assuntos de mulher |
||
afirma a moça, que é vinculada à Liga de Futebol da Comarca de Santo Amaro da Imperatriz (Licosai), da Grande Florianópolis. | ||
![]() |
Assistente está contente com os avanços na arbitragem catarinense |
Fonte: GloboEsporte.com - Fotos: Lougans Duarte / Diário do Sul