Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado de Santa Catarina

Câmara aprova projeto que regulamenta a profissão de árbitro de futebol

17/05/2012 - O Plenário aprovou nesta quarta-feira (16) o Projeto de Lei 6405/02, do Senado, que regulamenta a profissão de árbitro de futebol. O texto é o de uma emenda substitutiva do deputado André Figueiredo (PDT-CE) e retorna ao Senado para nova análise.

A matéria entrou em discussão na Sessão Extraordinária presidida pelo deputado federal Marco Maia e por acordo de lideranças o Plenário aprovou uma emenda substitutiva ao Projeto. Devido às mudanças feitas pela Câmara, a matéria retorna ao Senado para nova análise.

A emenda define melhor as atribuições do profissional, determinando que ele faça cumprir as regras do

 futebol e intervenha no andamento normal do jogo sempre que, a seu juízo, for violado o regulamento ou os princípios a que está submetido o esporte.

O presidente da ANAF, Marco Antônio Martins (foto) que esteve em Brasília acompanhando a votação do projeto, comemorou o resultado alcançado depois de uma luta de toda a categoria que se arrasta a mais de uma década.

“Parabenizamos todos os árbitros do Brasil pela vitória. Lembramos que a luta foi iniciada pelo ex-presidente da ANAF, Márcio Rezende de Freitas e sua diretoria. Agradecemos o empenho do deputado federal André Figueiredo (PDT-CE) e de todos os parlamentares que apoiaram o projeto”, disse Martins ainda no Plenário da Câmara.

O projeto permite aos árbitros e auxiliares de arbitragem criarem entidades nacionais, estaduais e do Distrito Federal, por modalidade desportiva ou grupo de modalidades, com o objetivo de recrutar e formar profissionais e prestar serviços às entidades de administração do desporto. Como eles não terão qualquer vínculo empregatício e serão remunerados como autônomos, as entidades não terão quaisquer responsabilidades trabalhistas, securitárias e previdenciárias. De acordo com o texto, a habilitação e os requisitos necessários ao exercício da profissão serão definidos em regulamento próprio.

“Parabenizamos todos os árbitros do Brasil pela vitória. Lembramos que a luta foi iniciada pelo ex-presidente da ANAF, Márcio Rezende de Freitas e sua diretoria. Agradecemos o empenho do deputado federal André Figueiredo (PDT-CE) e de todos os parlamentares que apoiaram o projeto”, disse Martins.

A  lei aprovada criminaliza a manipulação de resultados feita de maneira intencional pelos mediadores do esporte mais praticado no mundo. O texto prevê uma detenção de seis meses a dois anos para os juízes que, comprovadamente, errarem nos jogos de futebol e influírem diretamente no resultado de forma dolosa, ou seja, com a intenção de prejudicar alguma equipe.

“Hoje é um dia histórico, fazemos um reconhecimento legítimo e explícito de uma profissão tão importante que é a de árbitro de futebol”, afirmou Figueiredo em discurso no plenário.

A proposta, se aprovada na próxima instância, será encaminhada para a presidente Dilma Roussef, que pode sancioná-la ou vetá-la.

Profissionalização
O relator do projeto pela Comissão de Turismo e Desporto, deputado Chico Alencar (Psol-RJ), disse que a aprovação da proposta pela Câmara vai profissionalizar a carreira de árbitro, que hoje tem caráter amador.

"Com a proposta, damos um caráter mais estável à preparação do árbitro, em um esporte cada vez mais profissional, e tratamos com rigor aqueles que recebem suborno para influenciar o resultado da partida", disse.

Também relataram a proposta os deputados Leonardo Picciani (PMDB-RJ), pela Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Ambos recomendaram a sua aprovação.

Dedicação exclusiva
Em audiência pública na Comissão de Turismo e Desporto, realizada ano passado, árbitros de diferentes gerações e representantes da entidade nacional da categoria pediram a regulamentação para garantir os direitos do trabalhador comum.

Segundo o presidente da Associação Nacional dos Árbitros de Futebol, Marco Antônio Martins, o reconhecimento da profissão poderá beneficiar o futebol brasileiro porque os árbitros poderão se dedicar ao aperfeiçoamento profissional. "Com a profissionalização, a gente vai poder dispor de todo o tempo para a arbitragem", afirmou.

Atualmente, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e as federações estaduais dão cursos de formação de árbitros, mas os gastos com preparo físico, médicos, fisioterapia e todos os incidentes que possam ocorrer fora de campo ficam por conta do profissional. Para atuar no Brasil, a CBF exige que o árbitro tenha outro vínculo profissional, o que muitas vezes é incompatível com a exigência de viagens por todo o País e com a presença em cursos de formação.

Para uma carreira internacional, o profissional tem ainda de falar inglês fluente e ter perfeita forma física. A aposentadoria ocorre aos 45 anos. Um árbitro da Federação Internacional de Futebol (Fifa) recebe R$ 3 mil por partida, com cerca de 48% de descontos.

O Sinafesc parabeniza o presidente Marco Antonio Martins e toda sua diretoria por esta enorme conquista alcançada para a arbitragem de futebol de todo o país. Essa conquista histórica, vem premiar a conduta irreparável do presidente a frente da entidade pela qual de forma incansável vem trabalhando para reorganizar e resgatar a credibilidade do árbitro de futebol.


Fechar