02/12/2011 – O apito final do clássico Catarinense entre Avaí e Figueirense pela ultima rodada do Campeonato Brasileiro de 2011 que será disputado no Ressacada em Florianópolis, também será o final da carreira dos assistentes Marco Antonio Martins e Claudemir Mafessoni, os dois com longo tempo na arbitragem Catarinense e Nacional.
Marco Antônio Martins – Nascido em Florianópolis no dia 23/11/1966, encerra a carreira de 15 anos na Federação Catarinense e 10 anos na CBF. Dentre Federação Catarinense, jogos de Liga amadora e CBF, Martins deve ter realizado perto de 1.000 jogos.
Em reconhecimento a este currículo e ao trabalho desenvolvido à frente da ANAF (Martins é o atual presidente da Associação Nacional dos Árbitros de Futebol), recebeu da Comissão de Arbitragem da CBF em 2011 um diploma de honra ao mérito, no encontro nacional da arbitragem levado a efeito no Centro de Treinamentos “Almirante Heleno Nunes”, em Teresópolis.
Formado árbitro em 1995 na Federação Catarinense de Futebol, o ex-jogador de futebol amador e de seleção universitária, optou pela arbitragem quando devido a uma fratura na tíbia em 1992 ficou impedido de praticar o seu esporte favorito. O seu primeiro jogo no futebol profissional foi Brusque e Marcilio Dias em 1996, pela segunda divisão de Santa Catarina.
Marco Antonio Martins é casado com a senhora Roselene Martins, pai de duas filhas, Coordenador administrativo do Centro de Ciências Jurídicas na Universidade Federal de Santa Catarina e presidente licenciado do Sinafesc-Sindicato dos árbitros de Santa Catarina. Durante algum tempo foi árbitro central, mas a oportunidade de voltar a trabalhar em grandes jogos, um vez que já tinha uma carreira de assistente já consolidada antes de mudar para árbitro, o fez direcional a carreira para a função de assistente.
Marco iniciou na atividade sindical, dentro da arbitragem, aproximadamente no ano de 2000, como tesoureiro do sindicato de Santa Catarina. Logo após foi convidado a participar do conselho fiscal da ANAF, onde ficou por duas administrações na gestão do Márcio Rezende Freitas (2000 a 2004).
Em 2004 ele assumiu a presidência do Sindicato do árbitros de Futebol de Santa Catarina. Em 2007, ele foi eleito e nomeado judicialmente para presidir a Junta Governativa que realizou as eleições da ANAF e em julho deste ano se tornou presidente da ANAF em eleição como único candidato.
Claudemir Maffessoni é gaúcho de São Valentin, nasceu no dia 24 de Novembro de 1966. Se destacou no cenário nacional com excelentes atuações. Cientista Econômico, funcionário público da Prefeitura de Chapecó (SC), é árbitro desde 1993. Foi jogador de futebol, defendendo a Chapecoense de Santa Catarina, quando sofreu uma grave contusão. Incentivado por Delmo Tadeu Fraga, ex-árbitro da CBF, ingressou na carreira de árbitro de futebol. Em 2003, foi Indicado pelo site Cartão Vermelho como revelação da arbitragem brasileira e eleito o árbitro assistente revelação da temporada através de enquete popular.
Disposto a iniciar a carreira do apito, Maffessoni ingressou no curso de árbitros em 1992 e em 1993 já atuava em sua primeira partida, Concórdia x Marcílio Dias. Rapidamente se destacou e em 1997 já trabalhava em sua primeira partida da Serie A do Brasileiro, Cruzeiro x Atlético Paranaense, no Mineirão. No mesmo ano, Maffessoni também estreou na Copa do Brasil, na partida Avaí x Figueirense (curiosamente será sua ultima partida).
Daí em diante, a carreira de Maffessoni deslanchou e ele participou de vários jogos importantes, dentre os quais destaca: Brasil x Chile, no ano de 2001, em Florianópolis, Juventude x Corinthians, pela semifinal da Copa do Brasil de 1999 e Fluminense x Corinthians, pela semifinal do Campeonato Brasileiro de 2002.
O primeiro jogo em que trabalhou com um árbitro FIFA foi Corinthians x Vasco, em 1999, apitado por Márcio Rezende, no Pacaembu. Ali nascia uma bela amizade e o companheirismo entre os dois. De 2001 a 2005, Maffessoni e Márcio Rezende foram escalados dezenas de vezes juntos em jogos por todo o Brasil.
O Sinafesc parabeniza Marco Antonio Martins e Claudemir Mafessoni pelo conjunto da obra e por terem representado dignamente a arbitragem Catarinense em vários campos do país.
Obs. Curiosamente a partida também marca o fim da carreira do árbitro Paulista Cleber Wellington Abade. Abade apitou mais de cem partidas da Série A do Brasileiro, nunca foi do quadro da Fifa, mas sempre esteve entre os principais árbitros de São Paulo durante os 14 anos em que atuou na arbitragem. (Com informações ANAF)